Uma semana antes de partir para a República Tcheca, ospedei uma amiga tcheca. Do nosso grupo de intercambistas, ela voltava para a casa depois de um semestre de estudos (ok, de festas..). Muito atenciosa e desapegada, ela me encheu de presentinhos! Entre eles, uma frigideira, uma caixa de chocolates "Merci" e um saquinho com moedas de coroa tcheca. "Nao é muito, mas voce pode precisar...".
No final das contas, aquilo financiou o meu fim de semana em Praga mais as lembrancinhas que estao aqui na minha estante: caixinha de fósforo com a foto do Franz Kafka, ex-morador ilustre da capital, e um quadrinho do Castelo visto da Charles Bridge, à noite, uma das maravilhas do mundo moderno!
Mas, o melhor de tudo dessa história do meu saquinho e seu, acho, um quilo de moedas, era a hora de pagar. Eu nao tinha a menor idéia da quantidade de euros que tinha ali, entao, antes de comprar qualquer coisa, tinha que primeiro contar as moedinhas e ver se elas alcancavam o valor. Aí era esperar a pessoa do caixa recontar tudo. Sem falar que quem que saiam comigo morria de ri - ou de vergonha.
Cheguei e fui ao supermercado. A mulher do caixa fala o preco que tenho que pagar. Nao enetendo o que ela fala. Olho para o número registrado no caixa e nao entendo o quanto de dinheiro aquilo é. Tiro o meu saquinho transparente com suas quinhentas moedas do bolso, abro a fitinha e coloco ele alí no balcao. Fazer o que...Estranhamente, as pessoas atrás de mim (muitas, aliás), com seus carrinhos cheios, comecam a me olhar com inimizade. Alguém falou alguma coisa. As vezes é muito bom ser ignorante. A caixa fala comigo e eu nao respondo. Ela entende minha situacao de forasteira. Simpaticamente sorri e se poe a contar as moedinhas de dentro do meu saco.
sexta-feira, 30 de maio de 2008
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