segunda-feira, 8 de outubro de 2007

E a primeira vez no Rhein...

Estava eu em Heidelberg, triste da vida porque o Paolo, meu amigo genovês de tantas besteiras, tinha voltado pra Itália depois de uma curta visita. E pra curar aquela tristezazinha aguda que bate quando temos que nos desacostumar de alguém, nada melhor que a Internet.

Pois estava eu "folheando" as páginas do couchsurfing.com (CS), quando um homem de uns 40 anos me escreveu perguntando se eu não queria que ele me mostrasse um pouco da cidade. O site sempre mostra quando estamos online e de que parte do mundo acessamos.

Ecco, bom amigo é bom amigo, insubstituível, principalmente um cara sem noção, bobo e que nunca cresce que nem o Paolo. A gente se identifica. Damos risada, logo somos felizes. Um encontro com outra pessoa seria uma chatice. Eu, que também estava desconfiada do convite (embora sejam normais no CS), respondi que já tinha visto muito de Heidelberg...mas aceitaria tomar um café. Ah, não resisto a uma oportunidade de bater papo. E antes uma conversa formal do que uma noite de depressão em casa.

Conversa formal? Talvez no primeiro buteco, onde ficamos tempo suficiente para o "de onde você vem", "o que você faz e quer fazer da vida". A essa altura, ele já parecia ansioso para mudar de rumo, e me perguntou se eu queria ir pra uma cidadezinha alí na França ou pra Mannheim. Como já assumi no parágrafo acima, sou sem noção e acabei aceitando o segundo convite.

E assim cruzei pela primeira vez aquela ponte grande, que revela de um lado o que comparei à cidade americana de Manhattan, mas que meu amigo explicou ser só a sede da Basf, pintando o céu negro de Mannheim com suas luzes e poluição.

Fomos a um restaurante italiano na beira do rio Rhein. Ele pagou tudo. Veio com o argumento de que, na Europa, quem já tem emprego paga para quem ainda é estudante. Com o orçamento restrito da minha viagem, eu nem discuti..Terminamos a noite com café e cappuccino em um bar moderninho no topo de uma torre enorme (der Wasserturm). A esse ponto, a gente já estava contando todos os tipos de causos e rachando de rir. Lembro dele falar da viagem a New Orleans com os colegas de trabalho: todos muito sérios até entrarem em um certo bar onde as garçonetes versavam tubos de ensaio com uma bebida bem forte em suas bocas, e daí serviam o líquido diretamente na boca do cliente. E eu que esperava uma noite de conversa formal...

O que esse cara está querendo comigo? Pensaria qualquer garota. Isso passou também pela a minha cabeça. Poderia ser um desses criminosos de mulher que tantos filmes e o bom jornalismo já cansaram de revelar. Poderia também ser alguém curioso por conhecer estrangeiros (como eu sou) ou só querendo uma companhia pra jogar conversa fora. E foi. Nunca me deu nenhuma cantada. Naquela minha viagem de agosto, eu e Robert ainda nos encontrariamos algumas vezes, vezes em que me ajudou e vezes em que mudou o rumo da minha viagem.

Um comentário:

Unknown disse...

sniff sniff!!!!
ma face llorar!!!!
muito muito dulze, eu soy sensible!
muito sensible!
eu soy cavanna! paolo cavanna!
eu soy bobo! muito bobo!